Monday, December 17, 2007

Amaranth...



Sim, pode parecer impossível mas estou de volta num espaço de tempo inferior a 24 horas, razão? Simples, uma menina que adora não dar descanso à minha cabeça (e eu agradeço-lhe por isso :D ).Ontem no meio duma conversa o tema acabou na banda do vídeo em questão e devido ao facto de a minha pessoa não conhecer em 'profundidade' banda em questão essa menina decidiu de certa forma 'ameaçar-me' sem o dar a entender x) O que se seguiu foi uma madrugada e uma tarde a ouvir Nightwish de forma intensa e 'profunda'. Entre as instrumentais "Moondance" ou "Last of the Wilds", ou as soberbas "Dead Boy's Poem", "The Poet and The Pendulum", "Beauty of the Beast", "Ghost Love Score", "Nemo", e agora ficava o resto do dia a numerá-las...houve sem dúvida uma música que me 'saltou' daquele molho e me prendeu a atenção, "Amaranth"...

Pode não ser uma música fácil de digerir e tão pouco de gostar à primeira, mas com o tempo a música começa a exercer o seu efeito(pelo menos assim foi comigo). Aqueles riffs do Emppu, as letras do 'Holo' e a voz da Olzon transformam aqueles quase 4 minutos em algo extremamente belo de se ouvir.

E como acontece com toda a música que me 'atrai' gosto sempre de analisar a mensagem que esta transmite, foi o que fiz e agora aqui partilho.

Antes de começar há um par de coisas que queria já deixar, digamos 'explicadas'.

Amaranthus é o nome de uma flor que deriva o seu nome do termo grego 'Amarantos' que designa 'aquele/a que nunca murcha'(num sentido mais naturalista). Esta flor é conhecida como a flor que nunca descolora, ("...the Never-Fading...").
Logo isto faz da Amaranthus um símbolo de eternidade/infinito em muitas mitologias.


Ora bem vamos lá. Esta música como muitas outras tem variadas interpretações possíveis, no entanto e após ter passado a toda toda a ouvir a investigar cheguei a apenas uma que me 'agradasse' no sentido de me parecer fazer corresponder ao 'sentimento' que desperta.

No fundo, poderia afirmar que o Amaranth pode representar a chuva, que representaria o arrependimento, "Caress the one, the Never-Fading/Rain in your heart - the tears of snow-white sorrow", um arrependimento branco-neve, que poderá ser umn simbologismo para algo puro como o branco da neve, pretender-se-á falar de um arrependimento sincero? De um arrependimento por uma razão pura/sincera? Ou de um arrependimento por algo puro? Se atentarmos no videoclip, que por sinal é inspirado num quadro que por acaso já conheço há uns tempos(sim porque o Jimmy também tem os momentos em que se dedica à arte x) )que é o quadro "The Wounded Angel"(algo como 'O Anjo Ferido') de um pintor finlandês do início do séc. XX de seu nome Hugo Simberg.

Quem estiver interessado dê uma vista de olhos e compare com alguns momentos do videoclip:



Reparem no anjo. É uma figura cheia de simbologismos, os olhos com a venda que aparentam estar 'esburacados', a longa veste branca que nos sugere pureza bem como os seus cabelos louros, pode ser aqui neste contexto que se enquadra o arrependimento por algo puro, pois quem já viu o videoclip sabe o que acontece a este pobre ser alado "You believe but what you see\You receive but what you give". Os aldeões ao verem o anjo consideraram logo que este fosse um ser maligno mas acima de tudo estranho. E no fim 'receberam' o que deram, nada...

A meu ver esta é uma música de significado mais ou menos vago à qual cada um atribui uma interpretação diferente.

Da minha parte considero Amaranth como uma procura constante e incessante(eterna) por algo (um sentimento, pessoa, objecto) puro/bom que se calhar muitos não são capazes de o 'ver'(tal como estes 2 rapazes viram naquele ser algo completamente diferente do resto das pessoas) em locais onde aparentemente esto não existe mas no fim de tudo apercebemo-nos que está mais presente do que se pensa...

A vós pode-vos parecer a maior palermice do mundo mas está é a interpretação que consigo tirar duma musica que o próprio Tuomas confessou ter pretendido deixar fora do CD por não ter nada a ver com o resto do registo(felizmente alguém o convenceu do contrário). Mas o facto é que as 'minorias' sempre me 'atrairam', eis a prova...

Um Abraço

Sunday, December 16, 2007

Tell me did you sail across the Sun...

Hoje foi daqueles dias em que acordei com uma ideia em cabeça, escrever qualquer coisa no blog, nem que fosse meia dúzia de palavras a falar da minha vida e de como esta coisa de ser humano é complicada mas sinceramente não me apetece mesmo nada falar sobre isso, pelo menos por agora, da mesma maneira que estou mal há quem esteja (muito) pior por isso os problemas dum jovem não devem ser nada de extraordinário ou chocante para o mundo, para mim até podem ser, mas para os outros dúvido, são problemas 'típicos' da idade e a forma como cada um os 'ultrapassa' ajuda a formar o seu carácter por isso ainda não é hoje que me queixo x),pelo que decidi deixar apenas uma coisa, isto:




Para quem gosta, desfrute, para quem não gosta, tente ouvir...
Pessoalmente não gosto muito do grupo, mas esta música é a excepção, é daquelas únicas numa banda e com as quais o tipo após uns minutos engraça.

Um abraço...

And...

Tell me, did you fall for a shooting star?

Saturday, December 08, 2007

Have Tried to Tell...






I have tried to tell you that I love you
but the words were hard to find.

I'm always thinking about you
you're the only one on my mind.

Oh, why do I act so shy forever hiding my face
I should learn to laugh and not to cry put yourself in my place.

There were times I tried to kiss you but something told me not to.
You wanted me to hold you but I

kept letting you go.
I'm afraid that I am not the guy

you've searched for all these years.
I will kindly leave now don't you cry

try to hold back your tears.
It's been so long I haven't seen you

for quite awhile
When I think of how we met it only

brings back your smile.
I remember when I held you then and

told you we'd never part
I loved you then I love you now and

I'll hold you in my heart.
While I watch you 'running' away...


Author: Patrick W. Deck

Tango

Toque, toque.
O rodopio de olhos fechados
da vermelha queda lãnguida,
taque, o abraço voluptuoso
do homem salvador,
o achego repentino,
o fixo olhar molhado
lambendo a alma enxuta
de toda as mentiras manchosas
e das manchas mentirosas

Toque, toque.
O ajoelhar descrente,
e a pose do piedoso tentado,
o levantar de asas abertas,
taque; o aterrar pintalgado
pela mão que pinta verticalmente
a matriz do desejo,
o rodopio sinuoso
da volta e do retorno
taque, o abraço mericordioso
do homem voluptuoso
o fixo olhar brilhante
aquecendo a alma encharcada
de pingas castigantes
fugindo do perdão