Sunday, February 10, 2008

Ah e tal, morde aqui a ver se eu deixo

Mais uma facada que o governo decide dar naquilo que é público e que supostamente pertencia aos Portugueses. Naquilo que eles ,(o governo), tiveram a honra de poder gerir, apesar de estarem muito áquem da mais pobre das expectativas. Desta vez a vítima foram os conservatórios.
Os funcionários públicos estão a ser violadas descaradamente, o sistema nacional de saúde coitadinho, quem o via e quem o vê, a educação idém, agora vão ser os conservatórios. Agora, eu pergunto-me, com tudo o que é público a ser vandalizado e marginalizado tão descaradamente, para que é que o povo paga impostos ? Mais ainda, que é que um Portugues preocupado com a direcção que o país esta a tomar pode fazer ?
Quer dizer, estão nos a destruir ao país, a torná-lo um Paraíso para os muito ricos e um inferno para o resto, estão nos a manchar as prespectivas de um, já não digo futuro promissor, mas de um futuro com um mínimo de dignidade. E dado isto, que pode um Portugues fazer ? Não podemos fazer muito, visto que as outras escolhas de primeiro ministro não são muito melhores. No entanto, penso que de momento deveríamos ir com o primeiro cromo que fizer tudo ao contrário do governo do Sócrates e que comece a restablecer os orgãos públicos.
Claro que o estado precisa de dinheiro para pagar as contas, mas pelo caminho que isto está a ir mais valia ir pegar pessoas á rua e vende-las para o tráfico de orgãos para pagar as dívidas do estado. Morríamos mais depressa e sofríamos menos em vez de andarmos aqui a viver meias vidas sem dignidade, onde o direito a uma vida condignade de pessoa pensante é um luxo ao qual cada vez menos podem aceder.
Eu tenho nojo do governo Portugues e espero que nas proximas eleições alguma coisa mude para melhor, as otuas escolhas podem não ser grande coisa, mas se limparem a merda deste governo já e melhor que nada.

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Tuesday, January 29, 2008

Mom...

"-Mom do angels exist?"




"-Yes son, as well as demons... It's up to you deciding which one to follow..."

Saturday, January 26, 2008

particular para o geral...

Hoje, no telejornal, expuseram o nosso Primeiro Ministro perante o facto de ser recebido com descontentamento, este respondeu com desenvoltura, afirmando que era normal, e que não lhe trazia apreensão. Claro que é prefeitamente normal um líder ser alvo de descontentamento por parte da população, no entanto, um líder nao deve reagir com tal leviandade e arrogãncia perante esse mesmo descontentamento. Se o fizer, tal como o nosso Primeiro Ministro o fez, ou pelo menos aparentou, então estará a provar que não é o povo que está nos seus interesses mas sim ele próprio e quiçá alguns companheiros próximos.
Vivendo nós num dito sistema democrático, o que mais me perturba é a impotência do comum em se fazer ouvir. Isto leva-me então a crer que não vivemos uma verdadeira democracia, mas sim numa Monarquia. Uma Monarquia de curtas dinastias aonde ao invés de só haver uma hipótese de escolha, temos a maravilhosa oportunidade de escolher entre a merda e a trampa de x em x tempo.
Por exemplo, que posso eu fazer, quanto ao facto de na minha opinião o sistema da educação estar a ser esquartejado violentamente em detrimento de bons resultados e de uma mão de obra menos qualificada e menos exigente em termos de salarios ? Que posso eu fazer ao ver o sistema nacional de saúde ser destruído sanguinariamente devido a contas orçamentais ?
Bem, segundo o sistema actual poderia então após muito trabalho tentar chegar a uma posição de poder, agora a minha questão, é, se há tanta gente que tem boas intenções em relação ao país (de certo que há, eu próprio conheço algumas), como é possivel de termos sempre o azar de que quem quer que suba ao poder seja mais uma monte de merda putrefacta ? A única razão que se me apresenta é que algures neste processo laborioso da política para chegar ao poder, os bons e virtuosos sejam destrossados de modo que sejam sempre os demónios a terminar a corrida pelo poder.
Agora vejo o dizer de que a pena é mais forte que a espada por outros olhos. Pois prefiro morrer pelo fio da espada do que viver por este correr da pena. Este império construuído não pela força, mas pelo escrivanhar da pena, em mil e uma leis ambíguas e valores violados pela negra tinta. E se de facto existir um diabo, vós sois a sua vós e o seu arauto e, a Terra que pisamos é o seu lar.

Monday, December 17, 2007

Amaranth...



Sim, pode parecer impossível mas estou de volta num espaço de tempo inferior a 24 horas, razão? Simples, uma menina que adora não dar descanso à minha cabeça (e eu agradeço-lhe por isso :D ).Ontem no meio duma conversa o tema acabou na banda do vídeo em questão e devido ao facto de a minha pessoa não conhecer em 'profundidade' banda em questão essa menina decidiu de certa forma 'ameaçar-me' sem o dar a entender x) O que se seguiu foi uma madrugada e uma tarde a ouvir Nightwish de forma intensa e 'profunda'. Entre as instrumentais "Moondance" ou "Last of the Wilds", ou as soberbas "Dead Boy's Poem", "The Poet and The Pendulum", "Beauty of the Beast", "Ghost Love Score", "Nemo", e agora ficava o resto do dia a numerá-las...houve sem dúvida uma música que me 'saltou' daquele molho e me prendeu a atenção, "Amaranth"...

Pode não ser uma música fácil de digerir e tão pouco de gostar à primeira, mas com o tempo a música começa a exercer o seu efeito(pelo menos assim foi comigo). Aqueles riffs do Emppu, as letras do 'Holo' e a voz da Olzon transformam aqueles quase 4 minutos em algo extremamente belo de se ouvir.

E como acontece com toda a música que me 'atrai' gosto sempre de analisar a mensagem que esta transmite, foi o que fiz e agora aqui partilho.

Antes de começar há um par de coisas que queria já deixar, digamos 'explicadas'.

Amaranthus é o nome de uma flor que deriva o seu nome do termo grego 'Amarantos' que designa 'aquele/a que nunca murcha'(num sentido mais naturalista). Esta flor é conhecida como a flor que nunca descolora, ("...the Never-Fading...").
Logo isto faz da Amaranthus um símbolo de eternidade/infinito em muitas mitologias.


Ora bem vamos lá. Esta música como muitas outras tem variadas interpretações possíveis, no entanto e após ter passado a toda toda a ouvir a investigar cheguei a apenas uma que me 'agradasse' no sentido de me parecer fazer corresponder ao 'sentimento' que desperta.

No fundo, poderia afirmar que o Amaranth pode representar a chuva, que representaria o arrependimento, "Caress the one, the Never-Fading/Rain in your heart - the tears of snow-white sorrow", um arrependimento branco-neve, que poderá ser umn simbologismo para algo puro como o branco da neve, pretender-se-á falar de um arrependimento sincero? De um arrependimento por uma razão pura/sincera? Ou de um arrependimento por algo puro? Se atentarmos no videoclip, que por sinal é inspirado num quadro que por acaso já conheço há uns tempos(sim porque o Jimmy também tem os momentos em que se dedica à arte x) )que é o quadro "The Wounded Angel"(algo como 'O Anjo Ferido') de um pintor finlandês do início do séc. XX de seu nome Hugo Simberg.

Quem estiver interessado dê uma vista de olhos e compare com alguns momentos do videoclip:



Reparem no anjo. É uma figura cheia de simbologismos, os olhos com a venda que aparentam estar 'esburacados', a longa veste branca que nos sugere pureza bem como os seus cabelos louros, pode ser aqui neste contexto que se enquadra o arrependimento por algo puro, pois quem já viu o videoclip sabe o que acontece a este pobre ser alado "You believe but what you see\You receive but what you give". Os aldeões ao verem o anjo consideraram logo que este fosse um ser maligno mas acima de tudo estranho. E no fim 'receberam' o que deram, nada...

A meu ver esta é uma música de significado mais ou menos vago à qual cada um atribui uma interpretação diferente.

Da minha parte considero Amaranth como uma procura constante e incessante(eterna) por algo (um sentimento, pessoa, objecto) puro/bom que se calhar muitos não são capazes de o 'ver'(tal como estes 2 rapazes viram naquele ser algo completamente diferente do resto das pessoas) em locais onde aparentemente esto não existe mas no fim de tudo apercebemo-nos que está mais presente do que se pensa...

A vós pode-vos parecer a maior palermice do mundo mas está é a interpretação que consigo tirar duma musica que o próprio Tuomas confessou ter pretendido deixar fora do CD por não ter nada a ver com o resto do registo(felizmente alguém o convenceu do contrário). Mas o facto é que as 'minorias' sempre me 'atrairam', eis a prova...

Um Abraço

Sunday, December 16, 2007

Tell me did you sail across the Sun...

Hoje foi daqueles dias em que acordei com uma ideia em cabeça, escrever qualquer coisa no blog, nem que fosse meia dúzia de palavras a falar da minha vida e de como esta coisa de ser humano é complicada mas sinceramente não me apetece mesmo nada falar sobre isso, pelo menos por agora, da mesma maneira que estou mal há quem esteja (muito) pior por isso os problemas dum jovem não devem ser nada de extraordinário ou chocante para o mundo, para mim até podem ser, mas para os outros dúvido, são problemas 'típicos' da idade e a forma como cada um os 'ultrapassa' ajuda a formar o seu carácter por isso ainda não é hoje que me queixo x),pelo que decidi deixar apenas uma coisa, isto:




Para quem gosta, desfrute, para quem não gosta, tente ouvir...
Pessoalmente não gosto muito do grupo, mas esta música é a excepção, é daquelas únicas numa banda e com as quais o tipo após uns minutos engraça.

Um abraço...

And...

Tell me, did you fall for a shooting star?

Saturday, December 08, 2007

Have Tried to Tell...






I have tried to tell you that I love you
but the words were hard to find.

I'm always thinking about you
you're the only one on my mind.

Oh, why do I act so shy forever hiding my face
I should learn to laugh and not to cry put yourself in my place.

There were times I tried to kiss you but something told me not to.
You wanted me to hold you but I

kept letting you go.
I'm afraid that I am not the guy

you've searched for all these years.
I will kindly leave now don't you cry

try to hold back your tears.
It's been so long I haven't seen you

for quite awhile
When I think of how we met it only

brings back your smile.
I remember when I held you then and

told you we'd never part
I loved you then I love you now and

I'll hold you in my heart.
While I watch you 'running' away...


Author: Patrick W. Deck

Tango

Toque, toque.
O rodopio de olhos fechados
da vermelha queda lãnguida,
taque, o abraço voluptuoso
do homem salvador,
o achego repentino,
o fixo olhar molhado
lambendo a alma enxuta
de toda as mentiras manchosas
e das manchas mentirosas

Toque, toque.
O ajoelhar descrente,
e a pose do piedoso tentado,
o levantar de asas abertas,
taque; o aterrar pintalgado
pela mão que pinta verticalmente
a matriz do desejo,
o rodopio sinuoso
da volta e do retorno
taque, o abraço mericordioso
do homem voluptuoso
o fixo olhar brilhante
aquecendo a alma encharcada
de pingas castigantes
fugindo do perdão

Sunday, November 25, 2007

I'd Love to Change the World



Já fazia muito tempo que não fazia um post com um video, hoje estava para aqui a olhar para a TV e a ouvir um bocado de música e cheguei a esta, é uma música da qual sempre gostei desde que a ouvi pela primeira vez. E consegue-o pelo facto de ser 'intemporal', foi escrita há uns bons 20/30 anos mas o certo é que continua a ser 'actual' os problemas que ela relata são (muito) comuns nos dias de hoje. É lógico que os problemas de há 30 anos podem não ser os mesmos nem ser nos mesmos locais, mas são iguais, há 30 anos tinhamos conflitos como o Vietname e a questão da Guerra Fria, hoje temos o Iraque, o Afeganistão, o Ruanda, o Sudão. Há 30 anos começavam-se a sentir os problemas relacionados com a poluição, hoje eles continuam(e são cada vez mais graves).

Tudo o que havia há 30 anos ainda existe hoje em dia e na maioria das vezes é ainda mais grave. O facto é que isto se poder ter várias possíveis explicações como o homem estar a tornar-se cada vez mais maldoso para com o seu próprio, ou o aparecimento de um cada vez número maior de regimes autoritários que desafiam a paz(temos como exemplo Hugo Chavez e as suas insinuações absurdas na ONU) mas por outro lado penso que há também um cada vez maior desinteresse das pessoas em relação ao estado do mundo, vêm-se tantas noticias que falam de mortes aqui, rebentamentos acolá e são tão exaustivamente repetidas que as pessoas passam de uma reacção de 'surpresa' e horror para uma situação de completa indiferença o pensamento de ordem é 'Não é problema meu, outros resolvê-lo-ão'... O problema é que se 6 mil milhões de pessoas pensarem desta maneira nada se irá resolver. Os ricos tornam-se cada vez mais ricos e os pobres são cada vez mais espezinhados, citando Axl Rose em 'Civil War': I don't need your Civil War, it feeds the Rich while it buries the Poor...'

Há tempos, numa mesa redonda há qual assisti, o Dr. Rui Marques, alto comissário para a imigração e minorias étnicas, referenciou relativamente atitude dos jovens de hoje face à crise humanitária do Darfur que: 'Darfur é o vosso Timor! A minha geração teve Timor, vocês têm o Darfur.' De facto é uma analogia que me deixou a pensar e com a qual no fundo acabo por concordar mas também tenho o receio que este 'Timor' possa não ter um final não feliz e simples como teve o outro pelo simples facto de um cada vez menor grupo de pessoas acreditar que é possível mudar o mundo desde que nos esforcemos, pergunto-me diariamente quantos jovens da minha idade conhecerão a situação de Darfur? Destes, quantos se preocuparão? Destes últimos quantos acreditarão que é ainda é possível salvar o Darfur?

Hoje é Darfur, amanhã pode ser outro sítio qualquer...

Citando algo que ultimamente tem aparecido muito por esta net:

"Quando o Silêncio Mata, a tua Voz pode Salvar!"

Cumprimentos